The Iron Way

Saúde, estética, aceitação social.

São talvez as motivações mais frequentes para a prática desportiva.
Associado a elas, existe ainda outra grande motivação, a CULPA. A responsabilidade da nossa imagem passou a ser-nos diretamente imputada e os nossos “defeitos” e “imperfeições” passaram a ser vistos como produto da nossa negligência e falta de cuidado com nós próprios.

A estética continua a ser a clara impulsionadora da prática desportiva. Contudo, sem uma mudança de hábitos como o estilo de vida e uma alimentação saudável, ela fica claramente comprometida.

Mas a mesma sociedade que admira e “inveja” um corpo trabalhado e esculpido, resultado de muito esforço, disciplina e sacrifício, é simultâneamente a mesma que condena e critica muitas vezes o comportamento do indivíduo, rotulando-o como obsessivo e doentio.

Somos um ser naturalmente coletivo, faz parte da nossa natureza viver em comunidade, logo é grande a nossa necessidade de aceitação social. Não seguir as tendências atuais significa não estar de acordo com a sociedade, o que implica algum tipo de opressão…
Que sentido isto faz?

Eu, tal como a esmagadora maioria dos praticantes de atividade física (no meu caso o ginásio), também me movi inicialmente pela busca de uma determinada imagem.
Mudei hábitos e fui muitas vezes rotulado e de certa forma “oprimido” por não seguir o padrão. Também eu um dia quis ter um six-pack, ser maior, mais forte e mais confiante e consegui claramente atingir todos esses meus objetivos.

Mas aperceber-me que o caminho que escolhi era bem maior do que qualquer objetivo que pudesse alcançar, essa foi a minha maior vitória.

Estabelecer metas, procurar a minha melhor versão, aprender a lidar e a ultrapassar a adversidade, entre tantas outras transferências possíveis de serem feitas, não tem preço e é o que me motiva a continuar diariamente a ir ao ginásio.
Treinar e adotar um estilo de vida saudável tornou-se a minha paixão e criou igualmente a minha identidade.

Permitiu realizar-me como pessoa e como profissional, de uma forma autêntica e genuína, inspirar e ajudar simultâneamente milhares de pessoas à minha volta.

Quantos de nós temos essa sorte?

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