Reverse Diet

Numa altura em que o Verão está a terminar e se aproximam as últimas competições de culturismo/fitness do ano, parece-me relevante abordar o tema e passar-vos, na minha opinião, a melhor estratégia para o período após dieta.

Embora do ponto de vista da saúde, nível funcional e de performance não seja de todo aconselhável permanecer eternamente em défice calórico e um incremento do mesmo seja uma ótima estratégia para novos ganhos, fazê-lo de forma inapropriada pode ser fatal e levar-nos mesmo a estados piores do que o inicial, no que toca á composição corporal.
O aumento calórico não deve ser efetuado de forma brusca mas sim progressiva e consistentemente, de acordo com as necessidades e com um olhar atento á composição corporal e não aos dígitos de uma balança. Desta forma, continuaremos a construir massa magra a bom ritmo, preservando uma boa composição corporal.

Porque não podemos simplesmente iniciar uma dieta hipercalórica?

Durante o processo de dieta em que fomos de forma progressiva efetuando o corte calórico, houve simultaneamente uma redução do nosso metabolismo. Ora o nosso corpo tem sempre tendência para encontrar a sua homeostase e assim sendo, aquilo que anteriormente seriam calorias de manutenção, num período após dieta facilmente passam a representar um excesso calórico desnecessário.
Quando de forma estratégica e inteligente aumentamos o nosso aporte calórico, conseguimos simultaneamente elevar o nosso metabolismo e obter o melhor de dois mundos: conciliar uma aparência mais forte com uma boa composição corporal, muitas vezes com resultados surpreendentes.

Continuarmos a seguir a dieta que nos levou ao sucesso, fazendo incrementos semanais de cerca de 5-10% na quantidade de hidratos de carbono assim como de gordura e mantendo os níveis de proteína intactos (durante o processo de restrição calórica a mesma não foi diminuída, muitas vezes até ligeiramente incrementada), é uma abordagem simples e de provável sucesso.
Quando terminamos este incremento o que fazer depois dele?

O incremento calórico deve terminar assim que nos apercebemos que começamos a ganhar demasiada gordura (dependendo dos casos um aumento de 5% será razoável). Nessa altura, mantemos as calorias ou reduzimos um pouco de novo conforme a nossa percepção.
A pergunta que muitos colocam neste momento é: “Vou andar a dieta o resto da minha vida?”
Não somos máquinas, a comida representa uma parte importante da nossa vida por isso sermos flexíveis é igualmente importante. Contudo, existe uma linha entre flexibilidade e exagero!
Mas sobre isto falaremos mais tarde.

Continuem a acompanhar-me…
Obrigado

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